Quem sou Eu...

Meu nome é Kelly, nome na web Kelly Wicca, nome mágico Aurora Valery.



Descobri a Bruxaria... assim como a religião Wicca a mais ou menos uns 11 anos atrás através de um encarte da revista capricho, isso mesmo, de uma forma bastante engraçada e controversa a Grande Deusa sempre colocou a magia no meu caminho das formas mais inusitadas possíveis.

Após ler atentamente o encarte comecei a procurar desesperadamente conhecer mais aquela estranha e maravilhosa religião.

Fui batizada na igreja católica, entretanto minha mãe sempre foi atéia, do tipo: "acredito em Deus mas não sei se ele existe mesmo", meu pai, nem sei até hoje no que ele acredita.

Eu do contrário do resto da minha família des de pequena acreditava em um poder maior, um poder superior, amoroso e cuidadoso que olhava por nós.

Depois de passar por uma primeira comunhão frustrante, (Eu por incrível que pareça pedi pra fazer primeira comunhão, era a aluna mais devota da classe, praticamente). Onde então eu fui apresentada aquele deus católico que não era o deus que eu acreditava, e pior ainda, como separar jesus de Deus?

Na primeira Igreja que eu fui, aqui perto de casa, tinhamos um caderninho sobre os temas que seriam ensinados, antigo testamento e coisa e tal, pra mim, era o mesmo que uma aula de história, muito chato por sinal, a professora não sabia o que estava ensinando e nem o que estava fazendo; depois dela deixar a turma inteira de castigo das 11:00 (hora em que saíamos) as 12:30, porque conversavamos em aula num dia chuvoso, resolvi largar a catequese, acordar sábado pela manhã bem cedo pra ficar ouvindo aquela pessoa gritando com as crianças era martirizante, pra não dizer ridículo.

Comuniquei minha mãe sobre a minha decisão, então ela teve a brilhante idéia de mudar de igreja, ouviu falar que tinha uma perto da casa da minha avó onde o padre era muito bom e as catequisas também.

Minha história foi relatada a todos e eu fui tentar novamente, na esperança de que alguém confirmasse aquilo que eu já acreditava, que "Deus" existia e que era maravilhoso.

A professora era muito legal... no início. O padre então, nem se fale super gente fina, acho que ela alimentava um amor platônico por ele, olhava pra ele de um jeito muito abobado, a gente é criança mas não é burra né?

Ela nos fazia assistir filmes sobre a história de maria que comentávamos depois, explicava bem a história da bíblia e não usava livrinho pra isso, acho que a simpatia dela durou até o momento em que ela parou de tomar os remédios controlados.

Quem já fez catequese sabe que sempre tem aquele aluno, geralmente menino, que odeia tudo aquilo e que é obrigado pelos pais a fazer catequese sem ter o mínimo interesse naquela bobagera toda. Eu tinha um colega assim!

Num belo sábado, pela manhã, cheguei mais cedo, pra minha surpresa esse meu colega ja estava lá infernizando a vida da professora até não poder mais. Os pais dele foram pro sítio da avó e não levaram ele junto com a desculpa de que ele tinha a catequese, deixaram o menino lá umas 7h da manhã, (a aula começava 10:30). Como se ja não bastasse ser deixado de lado pela família ele também ficaria a tarde toda sozinho aquele dia. Então ele teve a brilhante idéia de infernizar a professora até ser expulso.

Quando eu cheguei ela já estava aos gritos chamando ele de capeta, guri do inferno e coisas do tipo (não estou exagerando...) No inicio da aula, o coitadinho do menino, nervoso, começou a bater com o lápis na mão durante a explicação, ela gritou com ele alto (já com os nervos a flor da pele) roubou o lápis da mão dele de uma forma bastante agressiva e o segurou com as duas mãos, o menino começou a tremer a perna, ela pediu pra ele parar ele disse que não conseguia, então ela gritou bem alto (não me lembro o que) e quebrou o lápis do garoto.

Vocês imaginam o choque de toda a turma de catequese, olhando pra ela apavorados.

Depois desse dia.. faltei uma aula, fui em outra, depois nunca mais apareci por lá.
Me lembro de uma vez que contei pra professora minha "experiência" ao sentir um espirito atrás de mim, perguntei pra ela o que ela achava que podia ser aquilo, ela me olhou branca, com os olhos arregalados e exclamou "vai que era a virge maria cuidando de ti!" logo depois chamou o padre pra me benzer. Imagina se eu acreditei que era a virgem maria? Devia ela, ter coisa mais importante pra fazer do que ficar me olhando enquanto eu brincava de montar lego.

A catequese durava 2 anos e meio, eu tinha feito um ano no máximo, contando com o tempo que fiquei na primeira igreja, quando completou 2 anos e meio, a catequiza ligou pra minha mãe, perguntou o que havia acontecido e porque eu desisti, e disse o seguinte: “a primeira comunhão da kelly será na semana que vem, então tu aluga um vestido pra ela, vai ser na igreja X”. Imaginem o meu choque... Bom; minha primeira comunhão foi um vestido branco e lindo, e como era bonito aquele vestido!!! e só.

Estava quase desistindo de acreditar em alguma coisa, e resolvi ficar alí sozinha com a minha fé, apesar de me sentir incompleta com aquele sentimento e aquela busca, precisava saber que aquilo que eu acreditava não era pura imaginação e sim real.

Então a Wicca veio parar em minhas mãos; comecei a correr desesperada atrás de livros e a estudar pra entender melhor o que que era toda aquela religião, cada vez mais, tudo que a wicca dizia era o que eu já sentia dentro do meu coração.

As coisas se encaixavam, e eu comecei a entender melhor o mundo. Aprendi que a palavra bruxa significa sabedoria, e desde então não parei mais, estudei um pouco de tudo, e nenhuma religião das quais pesquisei se encaixou melhor no que já acreditava do que a wicca.

No início fiquei assustada é claro, tempos em mente que bruxaria é ruim, é coisa do inferno e do demônio, que bruxas são feias, horrorosas e más.

Pra minha surpresa quanto mais eu estudava mais descobria o contrário.

Pra entrar em um Coven na wicca, você precisa estudar um ano e um dia antes de ser aceita dentro do grupo. Então resolvi fazer o mesmo antes de me auto iniciar, e assim eu o fiz, estudei bastante, conheci, adquiri segurança no meu coração sobre a religião que eu ia seguir, e só então me auto iniciei, e nesse momento, foi como voltar pra casa depois de um longo tempo.

Foi simplesmente mágico!

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